quinta-feira, 30 de abril de 2009

lá em casa é assim.

- Eu sou a melhor dançarina de gafieira na minha turma de dança de salão, juro, tem tanta gente desajeitada por lá! Você tem que ir ver!
- Mãe, tô indo pra casa da Gabi, ok?
- Aí ontem um pessoal da televisão me entrevistou! Estou tão empolgada, não deixe de ligar a tv no canal 10 amanhã, ao meio-dia.
- Mãe, tô indo pra casa da Gabi, ok? Vou voltar um pouco tarde, talvez.
- Meniiiina! Eu fiquei tão feliz ontem! A Fulana disse que queria ser igual a mim quando crescer, porque com 48 anos eu continuo com esse espírito jovem, festeiro e essa pele bonita. Quase chorei de emoção.
- Mãe, o gato morreu.
- Compus uma linda poesia em homenagem ao meu amigo e professor de dança de salão. É como um filho pra mim, aquele rapaz. Quer que eu recite pra você?
- Mãe, a vó foi atacada por 666 espíritos malígnos.
- Então, eu tenho que ir no salão de beleza hoje, olha só o estado do meu cabelo... Dá vontade de chorar ao olhar no espelho.
- Mãe, você é linda.
- Eu sei, obrigada.

Eu me sinto a própria Elizabeth Bennet do século XXI.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

desisti de tentar saber quem são os verdadeiros amigos.

Até uns poucos meses atrás eu costumava conversar muito com um pseudorapaz de 15 anos, com mentalidade de 12, o qual eu insistia em chamar de amigo. Aliás, oh céus, eu o chamava de melhor amigo! Ríamos juntos, passeávamos, brincávamos como dois filhotes de capivara e até dividíamos segredos.
Hoje continuamos a conviver na mesma sala de aula, mas ele nem me diz boa tarde. E o que eu fiz para que isso acontecesse? Nada, zero, ação inexistente.
Detesto essas pseudoamizades.